Última parada, Casey McQuiston

No livro Última Parada, August se muda para Nova York para fazer faculdade depois de viver praticamente a vida toda ajudando a mãe com um caso policial em particular. Ela pretendia que essa nova etapa da sua vida fosse sem surpresas e normal, mas primeiro: ela acaba dividindo o apartamento com pessoas bem excêntricas; e, segundo: ela conhece Jane no metro, sempre na mesma linha, e se apaixona por ela, mas temos um porém aqui: Jane pertence aos anos 1970 e está perdida no tempo, presa a uma única linha do metro. August vai fazer de tudo para ajudá-la e vai precisar de todo o seu conhecimento adquirido com a mãe para isso, além de seus novos amigos.

Eu gostei bastante desse livro. Gosto muito da escrita da Casey McQuiston e de como ela consegue fazer a gente se envolver com a história e amar os personagens. É impossível não gostar de todos os personagens que aparecem, da ambientação do livro e de tudo que vai acontecendo. É impossível não torcer para August e Jane. Recomendo de mais a leitura.

A Biblioteca Da Meia-Noite, de Matt Haig

Em A Biblioteca da Meia-Noite, conhecemos a personagem Nara Seed, uma mulher arrependida das escolhas que fez na vida e que vive se perguntando como seria a sua vida se tivesse feito outras escolhas. Depois de ser despedida e seu gato ser atropelado, ela está cansada de tudo e resolve por um fim nisso. Porém, ao fazer isso ela vai parar na biblioteca da meia-noite, onde cada livro é uma oportunidade de viver todas as vidas que ela poderia ter vivido.

Eu queria muito ler esse livro. Além da capa ser muito bonita, achei a ideia do livro interessante. E eu gostei muito de ler. É um livro que traz muitas reflexões sobre a vida, nossas escolhas, o que é realmente importante, o que queremos e aprender a valorizar o nosso próprio valor. Como disse um querido amigo meu (oi Rapha) "é um livro de autoajuda disfarçado de ficção". 

Gostei muito da leitura, mas sei que se tivesse lido em um outro momento da minha vida eu teria sofrido muito lendo e não teria gostado. Por isso, acho importante dizer que esse livro pode trazer gatilhos. É bom ler estando bem emocionalmente.

Não sou muito de guardar trechos de livros, mas esse teve uma que gostei muito. Então para finalizar:

Você não precisa entender a vida. Precisa apenas vivê-la. - A Biblioteca Da Meia-Noite, de Matt Haig

Quinze dias, Vitor Martins

Em Quinze Dias temos Felipe, um jovem adolescente louco pelas férias de verão  que, quando finalmente chega o momento, ele descobre que vai precisar passar 15 dias hospedando o seu vizinho, Caio, o qual ele teve um crush na infância. Isso seria algo tranquilo, se Felipe não fosse cheio de inseguranças. Logo, suas férias tranquilas para colocar séries em dia acabam trazendo um turbilhão de sentimentos com os quais Felipe precisa lidar.

Gostei muito desse livro. Além de ter um romance bem fofinho, a forma como Felipe lida com suas inseguranças e paranoias acaba sendo divertido e fofo. É fofo a construção do relacionamento dele com o Caio, é fofo o relacionamento dele com a mãe e muito legal o desenvolvimento do amor próprio dele também.

É um livro super rápido de ler por ser leve e fluir bem, além de ser curtinho. Achei que alguns pontos na história não tiveram um fim ou uma resolução e isso me deixou querendo um continuação, para saber mais sobre. Não acho que isso vai acontecer, mas quem sabe, né?

Resumindo, fofo, fofíssimo, fofoso, leiam!

Leitura: A Jornada das Bruxas, Karina Heid

Já faz um tempinho que li esse livro (e vários outros) mas resolvi que quero postar todos aqui, então vamos ter muitas resenhas pelos próximos dias (eu espero).

Em A Jornada das Bruxas, acompanhamos a jornada da adolescente Nina, uma jovem descendente de uma família de bruxas. Depois de receber uma carta perdida a anos, ela descobre que precisa reviver uma antiga tradição e acaba embarcando para a Romênia para conviver com uma bruxa anciã, enquanto deixa a família sendo investigada pelo governo e seu novo vizinho, Alex, o qual ela tem muito interesse. 

É um livro sobre o crescimento e o auto conhecimento de Nina, resumindo. Quando li a sinopse eu achei que seria mais interessante e envolvente, mas não consegui me conectar com os personagens e acabei não curtindo tanto a leitura quanto gostaria. Não fui muito convencida pelo relacionamento dela com o Alex.

Ainda assim é uma leitura que flui bem e acho que vale a pena dar uma chance. Tem bastante frases que fazem a gente pensar sobre a vida, o universo e tudo mais. Para quem gosta de histórias sobre bruxas ligadas a natureza, acho que vai gostar bastante.

Blogar ou não blogar, eis a questão

Esses dias atrás eu estava destralhando algumas coisas em casa e resolvi olhar alguns cds antigos que tinha, a maioria de backups, mas vários com coisas que hoje não fazem muito sentido guardar em cds. Porém, no meio de tanta coisa inútil, achei muitos arquivos de quando eu comecei a aprender a usar o photoshop e a blogar. Lógico que fiquei super nostálgica e por isso vim aqui atualizar esse blog.

Confesso que quase resolvi começar um novo, até criei por sinal, já que quando comecei esse a ideia era postar meus desenhos que posto no instagram. Mas uma coisa que eu aprendi sobre mim nesses bons mais de 10 anos entre vindas e idas da blogsfera é que tanto faz o nome, nunca vou estar satisfeita, nunca vou saber o que realmente quero com isso (obrigada signo de libra! e sim, vou colocar a culpa no signo). Então resolvi atualizar esse aqui mesmo.

Engraçado como as coisas mudaram na blogsfera nesses anos todos. Vi os blogs mudarem de diários para um trabalho. Vi minha relação com o blog mudar, ficar confusa e sumir. Há uns 10 anos atrás eu gostaria de ganhar dinheiro com o blog, e tentei isso quando fiquei desempregada. Mas aos poucos parou de fazer sentido, aos poucos parei de viver por conta disso, aos poucos não consegui colocar o blog na minha rotina, e aos poucos comecei a ficar com medo de expor minha opinião, minhas experiências, minha vida na internet.

Mas uma coisa é fato: sinto falta. Sinto falta de escrever, algo que sempre achei que não gostava. Sinto falta de trocar figurinhas com outras pessoas, de ler sobre outras coisas que não leria se não fossem outros blogs. Sinto falta de criar algo, de colocar para fora, mesmo de forma confusa, o que tanto penso dentro de mim. Sinto falta da empolgação de trocar o template do blog. Sinto fala de participar de uma blogagem coletiva. Sinto falta de receber e responder comentários. Sinto falta de sentir que faço parte de alguma coisa.

Ao mesmo tempo me pergunto se ainda é possível sentir tudo isso de novo, ou se só estou presa em um sentimento do passado que não existe mais. Hoje vejo os blogs de uma forma tão distante, como se eles não fizessem mais parte da mesma coisa. Como se cada blog fosse um universo isolado e a blogsfera fosse um tanto de universos isolados e distantes uns dos outros. Ao mesmo tempo também sinto que eu não me encaixo mais nesse universo. Acho que isso é uma consequência de ter ficado tão distante da blogsfera, não é mesmo? Acho que não levo um blog meu a sério a uns 3 ou 4 anos, mais ou menos.

Será que isso vai acontecer de novo? Postar aqui e sumir por sei lá quantos meses?

Mas uma coisa que de fato eu não sinto falta em relação a blogar é: terminar um post. Nunca soube como terminar um e, mais ou vez, não sei como terminar esse.